O guitarrista Marcelo Bertola tem 47 anos e nasceu em São Paulo, mas mudou-se para Jundiaí ainda na infância. Sem sofrer qualquer influência da família, descobriu sua vocação para a arte muito cedo. Seu primeiro contato com um instrumento musical foi aos 7 anos de idade: um violão emprestado, que por muito tempo o auxiliou nos estudos enquanto a família não podia comprar um. “Comecei a estudar sozinho; um autodidata”, lembra. Mas, aos 9 anos, ele começou a fazer aulas de violão popular. E, aos 12 anos, a estudar erudito e depois clássico.

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Antes de optar pelo rock’n'roll, Bertola tentou outros estilos como MPB, bossa nova...  E foi do erudito ao clássico. Estudar música fez muita diferença em sua formação. Hoje ele reconhece o quanto foi importante estudar ritmos e estilos que não o agradavam. Por isso, repete a frase de um velho amigo, que lhe ensinou os primeiros acordes: “Todo músico tem que conhecer música e não apenas notas musicais”.

 

O grande sonho não deixou Bertola desanimar, e, com 12 anos, ele ganhou a primeira guitarra – uma Gianini Strato. Influenciados por aqueles que ele considera gênios da guitarra, se dedicava cada vez mais à música e, sem voltar a frequentar uma escola especializada, ouvia tudo o que soava cordas. O rock, consequência natural desse processo, o influenciava mais e mais. “Os grandes solos de David Gilmour, Ritchie Blackmore, Santana, Slash, Jimmy Page e Randy Rhoads, entre outros, nunca permitiram que meu sonho acabasse.”

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E foi aos 14 anos que ele fundou sua primeira e única banda, a U.T.I. – Última Transição Inconsciente. “Ela leva para o público mais jovem os grandes clássicos do rock, e ainda mantém essa época viva para os mais velhos, como se o tempo nunca tivesse passado”, comenta o músico. Atualmente, Bertola concilia a profissão de empresário com a carreira de músico.